Tá errado Certo que não está Difícil explicar Fácil de não entender Por quê? Não sei Não se sabe Vai saber Tão complicado quanto Torcer o braço Franzir a testa Roer cotovelos Por quê?
Tenho anseios regados pela falta Tudo que não tenho me consome Me desejo desejando as pulsões Me vejo imergir sorrateiramente nas ambições Porque querer tanto ? tentado pela a culpa
As verdades que consumo São insuficientes Os tapas na cara Também São corações flechadas Pra todo lado Como quem busca Buscar Há cura em algum lugar Atrás de tapetes Empoeirados Detalhes Jamais especificados Debaixo do nariz Pela falta Que traz a cura Me vacino
Eu queria saber A intensidade Do seu sorriso Queria poder Capturá-lo pra mim Depois o colocaria Em pequenos frascos E distribuiria por aí Gritaria aos ventos Que ele era seu Único e desejável Teríamos então uma overdose De sorrisos Com intensidades desconhecidas Não existiria copyright Nem direitos autorais Um self-service Contagioso e incurável Perfeito? Não Séria nosso Uma arte e Para poucos!
O enredo é frágil Mas e o único a seguir Sentinelas na porta Aonde estão os créditos, afinal? Cenários fora de contexto Roteiro rasteiro Risos prováveis Aonde estão os créditos, afinal? Personagens pincelados Por mãos trêmulas Ficção fraccionado fora de foco Aonde estão os créditos, afinal?
Somamos ao produto futuras pretensões subordinadas Dividimos o passado em saudades sensações e dores No presente há uma certeza de que mesmo que se responda Somos fatos consumados de tudo que desejamos e não sabemos
Os anseios do amor são meras pulsões fora do habitual Semeiam encantam e selecionam burocráticos bobos cantam a sopros sublimidades Pra que falar de amor?
Nos contos que contam o final é feliz a luz é clara a selva é doce Na vida vivida há ventos que não são vencidos chuvas que sentenciam Espero no olho do furacão a cura verdade negada mares contrárias de bons fluidos